viernes, 28 de enero de 2011

Aquecimento Global: altura do nível do mar continua subindo/ Calentamiento Global: la altura del nivel del mar sigue subiendo

Apesar dos governos mundiais fingirem que nada está acontecendo, o nível médio do mar continua subindo e diversas áreas costeiras em todo o planeta já sentem os efeitos do avanço das águas.

A elevação não é provocada por um aumento anômalo da quantidade de água no planeta, mas pelo aumento do volume do líquido que chega às bacias oceânicas, originado principalmente pelo derretimento das colotas polares e das geleiras, que adiciona mais água aos oceanos. Além disso, o Aquecimento Global faz as moléculas da água se expandirem, forçando o oceano a ocupar mais espaço. Como a temperatura do planeta continua subindo, é de se esperar que a expansão da água continue acelerando.
Visualmente, o atual aumento do nível do mar provoca um incremento de poucos centímetros na água que tocas a base das falésias. No entanto, mesmo essa pequena elevação pode resultar em marés muito maiores que avançam sobre áreas costeiras planas, invadindo praias e até mesmo calçadões e ruas próximas à praia. Se o nível do mar sobe rapidamente, ecossistemas inteiros podem ser perturbados.
À medida que o mar avança, as populações que vivem em terras mais baixas passaram a conviver com a possibilidade de terem que deixar suas casas rumo ao interior ou então construir diques ou muros de contenção que possam por algum tempo adiar a necessidade da mudança, que fatalmente um dia terá que acontecer.


Outra consequência da elevação do nível do mar é o impacto econômico direto que os portos deverão sofrer, já que os postos de embarque de mercadoria e algumas pontes precisarão ser refeitos para que possam continuar a serem usados. Entretanto, qualquer decisão de elevar ou modificar estruturas em áreas litorâneas precisarão ser planejados com anos de antecedência devido à ampla gama de processos naturais que afetam a costa.

Medições
Atualmente, o nível do mar é medido por mareógrafos ao longo da costa e por altímetro-radar a bordo de satélites de sensoriamento remoto.
Durante o século 20, as medições feitas pelos mareógrafos mostraram que o nível global dos oceanos subiu a uma taxa média 1.7 milímetros por ano, ou 1.7 centímetro por década. Dado coletados por satélite entre 1993 e 2003 indicam que elevação subiu 3.1 milímetros por ano, ou 3.1 centímetro por década. Apesar da taxa de elevação ser bem documentada, o registro por altimetria ainda é muito limitado para se afirmar se estamos observando uma aceleração de longo prazo ou apenas uma variabilidade climática.


À medida que as temperaturas e o nível do oceano aumentam, os cientistas continuam trabalhando para descobrir detalhes que permitam prever o quanto a água do mar em diferentes profundidades vai se aquecer e expandir. Além disso, diversos grupos de pesquisa trabalham para entender como as camadas de gelo na Groenlândia e na Antártica vão reagir ao aumento das temperaturas globais, uma vez que se o derretimento das geleiras se acelerar, o nível do mar também poderá subir abruptamente.

Em 2007, o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas, IPCC, projetou que o nível global dos oceanos deve subir entre 18 e 59 centímetros até o ano de 2100. Entretanto, diversos cientistas acreditam que esse número está subestimado já que o modelo usado para o prognóstico não levava em conta a aceleração do derretimento das calotas polares.

Foto: No topo, destruição causada pelo avanço do mar na praia do Bessa, litoral norte da Paraíba. Os altos muros de proteção servem de barreira para impedir a entrada da água nas casas. Na sequência, os efeitos do avanço do mar são notáveis. A construção mostrada, localizada na Orla de João Pessoa, na Paraíba, ainda não sofria com a elevação do nível do oceano quando foi concluído em 1971. Com o passar dos anos, o avanço do mar atingiu a construção e pode no futuro obrigar a desativação do local ou até mesmo sua remoção. Acima, gráfico mostra a elevação do nível do oceano nos últimos 130 anos. Crédito: Apolo11.com/Rogério Leite/NCDC,

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